Barcelona, Colo-Colo e Jacuipense enfrentam desafios financeiros e esportivos sem atuar em seus municípios
(Matéria baseada no texto publicado pelo jornal A Tarde, escrito por Lincoln Oriaj, em 16/01/2025)
A edição 2025 do Campeonato Baiano expõe um problema recorrente entre os clubes do interior, a falta de estádios aptos para sediar partidas. Em Ilhéus, o Estádio Mário Pessoa segue interditado desde 2024, obrigando Barcelona e Colo-Colo a buscar alternativas longe de casa. Já o Jacuipense enfrenta situação semelhante com o Eliel Martins, em Riachão do Jacuípe, cuja reforma depende de um repasse bloqueado do Governo Federal. A ausência dos estádios impacta não só os times, que perdem apoio da torcida e acumulam custos logísticos, mas também as economias locais, que deixam de se beneficiar do movimento gerado pelos jogos.
O Barcelona, por exemplo, relatou gastos superiores a R$ 40 mil por partida para alugar estádios em outras cidades, além de cobrir transporte, hospedagem e alimentação. Esses valores comprometem o orçamento do clube, dificultando investimentos em contratações e no fortalecimento do elenco. O CEO Weliton Nascimento busca apoio junto à prefeitura de Ilhéus para solucionar o problema, mas a falta de uma solução definitiva afeta diretamente o desempenho e a visibilidade da equipe no campeonato.
Como alternativa temporária, o Estádio Alberto Oliveira, o Jóia da Princesa, em Feira de Santana, deve receber alguns jogos do Jacuipense e possivelmente do Barcelona. Apesar de também enfrentar problemas estruturais, o estádio passa por ajustes e deve estar apto para partidas em fevereiro. Ainda assim, a situação evidencia a necessidade de maior planejamento e investimentos no futebol baiano, tanto para garantir a competitividade dos clubes quanto para fomentar o desenvolvimento social e econômico nas cidades afetadas.
