Sindicato repudia rescisão de contrato sem diálogo prévio e convoca assembleia com trabalhadores em Uruçuca
Enviado à redação pelo Sintepav-BA (Assessoria), em 01 de abril de 2025. | Imagem: Sintepav-BA (Assessoria)

O Sintepav-BA manifestou indignação diante da rescisão de contrato entre a Bahia Mineração (Bamin) e a Prumo Engenharia, responsável por um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL 1), em Uruçuca. A medida resultou na demissão em massa de centenas de trabalhadores, sem qualquer diálogo prévio com o sindicato. Diante da gravidade da situação, a entidade convocou uma assembleia para esta quarta-feira (02) no canteiro de obras, onde pretende esclarecer os fatos, ouvir a categoria e definir os próximos passos para garantir a proteção dos empregos e dos direitos trabalhistas.
Confira a nota da da Sintepav-BA na íntegra:

Sintepav-BA repudia demissões em massa e cobra transparência sobre rescisão de contrato na FIOL 1
O Sintepav-BA realizará, na quarta-feira (02), assembleia com os trabalhadores no canteiro de obras da FIOL em Uruçuca
O Sintepav-BA (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia) foi surpreendido, na manhã desta terça-feira (1º de abril), com a notícia, divulgada por veículos de comunicação, sobre a rescisão de contrato entre a Bahia Mineração (Bamin) e a empresa Prumo Engenharia, responsável pela construção do Trecho 1F da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL 1), localizada em Uruçuca, no sul da Bahia.
A decisão, divulgada por veículos de comunicação, aponta para a demissão em massa de centenas de trabalhadores — fato que consideramos inaceitável, especialmente diante da ausência de diálogo prévio com o sindicato, que representa a categoria. Diante da gravidade da situação, o Sintepav-BA realizará, na quarta-feira (02), uma assembleia com os trabalhadores no canteiro de obras da FIOL em Uruçuca, com o objetivo de esclarecer os fatos, ouvir a categoria e deliberar sobre os próximos passos diante deste cenário. O Sintepav-BA reforça que qualquer processo de desligamento coletivo deve, obrigatoriamente, passar por diálogo com o sindicato, conforme prevê a legislação trabalhista. A omissão de informações por parte da empresa, diante de um cenário tão grave, demonstra falta de responsabilidade social e institucional. Além dos impactos diretos sobre a vida dos trabalhadores e de suas famílias, essa medida representa um verdadeiro golpe nas expectativas de desenvolvimento econômico da região sul da Bahia. A FIOL é um projeto estratégico para o Estado e para o país, e sua interrupção compromete empregos, renda e a esperança de crescimento de diversas comunidades.
Diante disso, o Sintepav-BA cobra uma resposta imediata do Governo do Estado da Bahia e do Governo Federal, para que se posicionem de forma clara sobre o futuro do empreendimento e garantam a proteção dos empregos e dos direitos dos trabalhadores. Este não é um assunto de bastidores. É uma questão pública, que diz respeito à Bahia, aos trabalhadores e ao futuro de uma das obras mais importantes em curso no estado.
Reafirmamos nosso compromisso com a defesa dos direitos da categoria e seguimos mobilizados para buscar soluções concretas, exigindo respeito, transparência e responsabilidade das empresas envolvidas.