Cidade baiana é citada em reuniões estratégicas durante missão brasileira à China liderada pelo ministro Rui Costa

O segundo dia da missão do Governo Federal à China reforçou a busca por investimentos no setor naval, no petróleo e gás e na infraestrutura logística brasileira. Em Pequim, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, conduziu reuniões com empresários e autoridades chinesas, ao lado da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e do presidente da Transpetro, Sérgio Bacci. Entre os destaques da agenda, Ilhéus ganhou projeção internacional por sua ligação com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), obra estratégica para o escoamento de produção e desenvolvimento do modal ferroviário no Brasil.
Durante as reuniões na Embaixada do Brasil na China, a presidente da Petrobras apresentou o panorama atual do setor de óleo e gás, detalhando o plano de investimentos da companhia, que prevê US$ 111 bilhões até 2029, sendo US$ 77 bilhões concentrados na área de exploração e produção. Chambriard destacou a retomada da indústria naval brasileira e convidou os investidores chineses a visitarem estaleiros nacionais, propondo uma ampliação da cooperação entre os países. “Há oportunidades concretas de parceria com estaleiros brasileiros. O incremento da cooperação entre Brasil e China trará benefícios mútuos”, afirmou.
Sérgio Bacci, da Transpetro, reforçou a importância da construção de novos navios no Brasil, com a previsão de contratação de 25 embarcações até 2030. Ele citou a ociosidade dos estaleiros como oportunidade para viabilizar parcerias comerciais e tecnológicas. A agenda também contemplou o setor de infraestrutura, com destaque para a FIOL. Rui Costa lembrou que representantes do Instituto de Planejamento Ferroviário da China e da empresa CREC2 estiveram recentemente em Ilhéus para visitar as obras da ferrovia. O ministro defendeu que o investimento em transporte multimodal, com prioridade para o modal ferroviário, é essencial não apenas para o desenvolvimento nacional, mas também para a integração logística da América do Sul. Além disso, a comitiva brasileira iniciou diálogos sobre inovação em saúde, buscando parcerias com empresas chinesas voltadas à tecnologia hospitalar e farmacêutica.